O dia da sobrecarga da Terra em 2018

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Segundo a World Wildlife Fund – WWF, em menos de oito meses, nós usamos mais recursos naturais em quantidade maior do que o planeta Terra pode regenerar em um período de 12 meses! Para o restante de 2018, estaremos vivendo em recursos emprestados de gerações futuras.

Para entender melhor, podemos fazer uma analogia comparando o dia de sobrecarga da terra com o mês no qual esgotamos nossas finanças e precisamos fazer uso do valor emprestado pelo cheque especial do cartão crédito. Quando realizamos tal atividade, passamos a consumir os recursos que conseguimos produzir (salário) somado ao recurso que deveria ser usado para uma demanda futura (cheque especial), ocasionado um déficit na nossa regeneração de finanças, ou seja, o valor referente ao mês seguinte terá que cobrir as ações realizadas no próprio mês e, ainda, o valor utilizado do cheque especial referente ao mês anterior. Isso deixa qualquer pessoa com os recursos apertados, não é verdade? Pois bem, a mesma situação vem acontecendo com nosso planeta Terra. Essa situação geralmente acontece no mês de agosto.

Neste ano de 2018, o Dia da Sobrecarga da Terra (Overshoot Day) acontece hoje, 01 de agosto, representando assim, o momento em que a necessidade humana por recursos naturais ultrapassou a capacidade suporte do planeta Terra, a tal falada resiliência, para o período de um ano.

Você deve estar se perguntando, mas como isso vem acontecendo? Bem, para compreender melhor, podemos começar a relembrar que ao longo da história ambiental do planeta Terra o mesmo vem sofrendo diversos impactos ambientais, seja pela própria extração da matéria prima, ou, até mesmo, no processo transformação da matéria prima, por meio do trabalho, em um produto para a utilidade humana, para consumo individual (subsistências) ou para geração de lucro (capitalismos).

Nesse processo, sempre existirão os resíduos que irão ocasionar impactos ambientais multivariados. Podemos utilizar, por exemplo, as atividades voltadas para o setor da agropecuária que faz uso e manuseio do solo, introduzindo diversos produtos químicos, aos quais poucos sabemos a respeito dos efeitos colaterais para o meio ambiente. Muitas vezes, tal atividade pode levar ao esgotamento da água, solo e favorece, ainda, ao processo de desmatamento. Hoje, o planeta precisa gerar mais recursos naturais para que demanda humana possa ser atendida.

Mas como é possível saber que o planeta terra alcançou a sua capacidade suporte hoje? Para isso, existe um cálculo denominado “Pegada Ecológica” que é desenvolvido pela Global Footprint Network (GFN), uma organização de pesquisa internacional. A Pegada Ecológica mede a quantidade de recursos naturais renováveis para manter nosso estilo de vida. Tudo o que usamos para sobreviver é oriundo da natureza e, com certeza, voltará para a natureza em algum momento. Essa é a nossa Pegada!

Em outras palavras, a “Pegada Ecológica” é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda a sociedade “utiliza”, em média, para se sustentar. Calculada desde 2.000, a data acontece mais cedo a cada ano – em 2016, caiu em 08 de agosto -, com exceções apenas entre 2007 e 2008 (de 30/08 para 01/09) e 2008 e 2009 (de 01/09 para 06/09). No primeiro ano da medição, o esgotamento de recursos naturais aconteceu em 04 de outubro (INSTITUTO AKATU, 2016).  Este ano (2018), a data caiu em 1º de agosto de acordo com a WWF.

Agora que você sabe que o Planeta terra esgotou sua capacidade de regeneração para o ano de 2018, gostaria também de conhecer a sua “Pegada Ecológica”? Pensando nisso, o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) desenvolveu um site no qual é possível calcular a sua “Pegada Ecológica” – Calcule sua “Pegada Ecológica”  – de acordo com as atividades que você costuma desenvolver constantemente.

Conheça sua “Pegada Ecológica” e veja como melhorá-la com as dicas do Instituto Akatu – Aprenda a melhorar a sua “Pegada Ecológica” – , que é uma organização sem fins lucrativo  que trabalha em prol da conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente.

Instituto Eidos

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